Em um cenário onde o investimento em mídia digital atinge o pico, as agências buscam incansavelmente por novas fontes de alcance, credibilidade e, acima de tudo, conversão.
O AbradiTalks do dia 02 de outubro trouxe Amaury Martins, especialista em mídia e sócio-fundador da RadioBreak, para desmistificar o rádio e provar que ele não é apenas uma mídia do passado, mas sim um poderoso amplificador de estratégias digitais. “A lição central é: o rádio não concorre com o digital; ele o potencializa e dá credibilidade’’, define.
O poder incontestável do rádio na era digital
O rádio provou ser a mídia que mais se adaptou às questões digitais. O WhatsApp deu voz ao ouvinte, as redes sociais trouxeram promoções e o YouTube deu imagem.
Mas o seu poder está nos números:
- Alcance massivo: o rádio atinge 80% da população, com uma média de consumo de 3 horas e 50 minutos por ouvinte. O alcance é ainda maior, já que o áudio atinge o ouvinte em momentos que outras mídias não chegam.
- Credibilidade local: cerca de 72% dos ouvintes consideram o rádio uma fonte mais confiável do que as redes sociais. Essa credibilidade, somada ao digital, é o que impulsiona a conversão.
- Companheiro do cotidiano: o rádio é a mídia do cotidiano, acompanhando as pessoas em momentos como no carro, onde não se pode ver o Instagram ou a TV.
Rádio e digital: a sinergia perfeita para resultados mensuráveis
Antigamente, provar o retorno do rádio era um desafio. Hoje, o digital resolve isso. A combinação de rádio e digital não só aumenta o alcance em até 22% comparado às mídias isoladas, mas gera resultados concretos:
Quanto ao aumento da lembrança de marca, o rádio atinge o ouvinte em momentos em que outras mídias não conseguem. Segundo Amaury, ele gera atenção e lembrança de marca de forma espontânea. “Agências que focaram 100% no digital já viram seu recall de marca despencar e precisaram voltar para o off para resgatar essa lembrança.”
Já no impulso na busca orgânica e Taxa de Clique (CTR), o rádio tem um papel importante no aquecimento da audiência. Ele potencializa a busca espontânea em até 8%. Quando essa audiência aquecida é impactada pela mídia paga (social ou programática), a CTR aumenta de 10% a 30%. Isso acontece porque a credibilidade da rádio local impulsiona o clique na mídia paga.
Amaury explica ainda sobre o crescimento mensurável na conversão: “A união do rádio com o digital garante que as conversões cresçam entre 20% a 40%. O rádio faz o trabalho de credibilidade e aquecimento, e o digital fecha a jornada com ações totalmente mensuráveis. O teste é simples: meça as métricas digitais (busca e CTR) em uma região antes e depois de incluir o rádio na campanha para ver o impacto e impressione-se”, aponta Martins.
Guia prático: como a agência digital fatura mais com rádio
O rádio oferece uma nova fonte de receita e competitividade, principalmente no mercado regionalizado.
1. Regionalização e custo-Benefício
O rádio tem um CPM (custo por mil) baixo. O investimento é proporcional à potência da antena e à cobertura populacional.
- Cidades pequenas: um investimento de R$ 2 mil a R$ 3 mil já permite uma campanha bacana.
- Cidades médias: o investimento fica em torno de R$ 5 mil a R$ 7 mil.
- Ganhos para agências: as agências digitais recebem, em média, 20% de comissão sobre os valores de veiculação em ádio.
2. Conteúdo e credibilidade local
O comunicador da rádio é um influenciador importante naquela cidade.
“A agência deve criar projetos que usem a credibilidade da rádio local para gerar conteúdo para o cliente. Como por exemplo: criar boletins temáticos, fazer entrevistas, e filmar esse conteúdo para usar os cortes nas redes sociais da rádio e do cliente (collabs). Isso é uma jornada completa, que vai do conteúdo, passa pela credibilidade do off e fecha no CPA (Custo por Ação)’’, detalha o especialista.
3. Facilidade e mensuração (o papel da IA)
A plataforma RadioBreak (o “Google Ads para o rádio”) facilita o processo:
Planejamento rápido: uma campanha em 40 a 50 rádios, que levaria 15 a 20 dias, pode ser negociada em apenas 2 a 3 dias.
- Dados e geolocalização: a plataforma utiliza dados da Anatel e IBGE para mapear a área de cobertura exata, a potência e a audiência, garantindo a segmentação geográfica e por perfil de rádio (jovem, popular, adulto-contemporânea).
- Mensuração de veiculação: o rádio tem a obrigação de entregar relatórios (comprovantes de radiação) que mostram a hora, minuto e segundo da inserção, o que pode ser auditado e cruzado com os dados do Google Analytics.
- A Inteligência Artificial (IA) já está sendo desenvolvida na plataforma para auxiliar no planejamento de mídia, sugerindo as melhores rádios. Além disso, a IA já auxilia na criação de textos para spots.
Para levar para a sua agência: você já considerou uma campanha “cirúrgica” em rádios regionais para potencializar o resultado digital de um cliente? Esta é a chave para o novo faturamento da sua agência!
Sobre o autor:
Assessoria de Imprensa da Abradi