Adoção de IA em alta no Brasil
A inteligência artificial deixou de ser um conceito de laboratório para se tornar uma ferramenta cotidiana no mercado brasileiro. Pesquisas recentes mostram que 91% dos brasileiros já conhecem a IA, 68% já utilizaram ferramentas generativas e 74% das pequenas e médias empresas aplicam algum tipo de solução baseada em IA. O país, inclusive, está à frente de mercados maduros como Estados Unidos e Japão em termos de adoção.
No evento realizado pela Abradi, Gustavo Portes, Head of Data Measurement and Programmatic do Google, trouxe uma provocação essencial: simplesmente adotar IA não é suficiente para gerar vantagem competitiva. É preciso ir além.
O paradoxo da produtividade
Para explicar esse desafio, Gustavo recorreu ao estudo dos professores Erik Brynjolfsson e Andrew McAfee, do MIT, sobre o paradoxo da produtividade. Sempre que surge uma tecnologia de propósito geral, como a eletricidade ou a internet, existe um atraso antes que os ganhos reais de produtividade apareçam.
No caso da eletricidade, por exemplo, levou 30 anos para que os industriais percebessem que não bastava substituir o motor a vapor por um elétrico. Foi quando repensaram o layout das fábricas, criando linhas de montagem, que a produtividade disparou em 300%. O paralelo com a IA é direto: é preciso reinventar processos e modelos para extrair o real valor dessa tecnologia.
Os caminhos para as agências digitais
Segundo Gustavo, as agências podem evoluir em três níveis:
1. Automatizar processos com IA – o primeiro passo, já comum, que traz ganhos de eficiência.
2. Criar novas linhas de serviço – exigindo novas competências como ciência e engenharia de dados.
3. Desenvolver produtos tecnológicos – um movimento disruptivo em que a tecnologia se torna o núcleo do negócio, impulsionada pelos serviços.
Esse último modelo já é explorado por grupos internacionais, como o Brandtech Group, que desenvolvem soluções próprias em IA e as potencializam com suas agências de mídia.
É preciso ir além
A palestra de Gustavo Portes deixou claro que o futuro das agências digitais não está apenas em usar IA para fazer o mesmo de forma mais rápida, mas em repensar a organização para criar novos modelos de valor.
Para se manterem competitivas, as agências precisam olhar para a inteligência artificial como um motor estratégico de inovação organizacional, capaz de transformar sua forma de operar, criar e entregar resultados aos clientes.
Continue acompanhando os conteúdos da Abradi para entender como a tecnologia e a criatividade estão moldando o futuro do mercado digital.
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Assessoria de Imprensa da Abradi