Agora todo mundo faz internet! Pois é, e fala deste jeito mesmo. Internet? “a gente faz”.
Já começa a minimizar o negócio desde a primeira frase. Internet é diferente dos outros serviços, não se presta, não se produz, não se especializa, simplesmente “se faz”.
Parece agora que todas as empresas se sentem aptas a “fazer internet”.
Quem trabalha com publicidade também “faz” internet, quem é especializado em marketing direto, também “faz” internet, quem entende de marketing promocional, também “faz” internet, quem tem um sobrinho que conhece HTML, também “faz” internet, e por aí vai!
Será mesmo que todo mundo que diz que “faz” internet, sabe o que significa, de fato, “fazer internet”? Será que conhecem todos os tipos de serviços que as empresas precisam ou podem consumir no ambiente web? Será que estas empresas estão conscientes de que no momento em que se propõem a “fazer internet” para algum cliente, estão limitando ou, no mínimo, fazendo com que estes clientes não obtenham os melhores resultados que a internet poderia trazer para as suas marcas?
Provavelmente não, pois se estivessem, com certeza, não fariam isso.
Será que estas empresas entendem e conhecem a internet em todas as suas camadas? Será que estão aptas a orientar os clientes ( Sim, pois a maioria deles esperam isso!) qual a melhor forma de usar a internet? Conhecem os tipos de serviços ou potencial que a internet tem? Criação, programação, tecnologias, ferramentas, hosting, bancos de dados, integração com o resto dos processos das empresas, unidade, segmentação, enfim, todo o leque de oportunidades.
A síndrome do que se vê na telinha do computador e a falta de percepção para entender o que não se vê nesta telinha, mas que está por trás dela, é o maior problema. O resultado desta síndrome é que, como não se percebe o que deve estar por trás desta telinha, não se produz mesmo nada por trás dela. Ou seja, como nestes casos, não se sabe o que pode estar por trás de uma ação on-line, não acontece nada mesmo. As ações não têm continuidade, não trazem um entendimento mais permanente das relações geradas através dela e, portanto, se perdem muitas oportunidades de rentabilizá-las.
Deixo aqui um convite para um teste sobre algumas coisas que envolvem o universo de quem entende de internet ou está apto a “fazer internet”:
Você sabe o que significa, onde se usa e como se transformam as seguintes palavras em alguma coisa útil para o seu cliente em uma ação on-line?
Bounces
ASP
PHP
Java Script
PMO
Wire Frame
TAG´s
Querys
Usabilidade
Adserver
Se você respondeu não a pelo menos duas destas palavras, desculpe, mas não diga mais que você faz internet e, por favor, não faça internet, sob o risco de não cuidar bem do seu cliente.
E vocês, senhores clientes, por favor prestem atenção, avaliem, com critério, os seus fornecedores de internet e pensem duas vezes antes de acreditar na frase: eu_faço_Internet.com.br.
Uma ação bacana, mas sem consistência, pertinência, oportunidade de continuidade, análises de retorno ( sim, pois quem faz internet, mede o retorno do que fez), é o mesmo que jogar o seu dinheiro no RALO.COM, já pensou ?
A internet precisa, neste momento, se fixar nas ações de comunicação, marketing e nos processos estruturados de uma vez por todas. O tempo dos testes e da experimentação já passou. É tempo de consistência e pertinência. A concorrência está acirrada, o mercado competitivo, as margens de lucro menores, não dá mais pra brincar, e a internet pode, e muito, ajudar!
E olha que tem muita gente fazendo bem feito!
Patrícia Andrade