*Por Bernardo Castello Branco
Nos últimos anos, duas questões ganharam força no mundo corporativo: o digital e a sustentabilidade – um conjunto de políticas de responsabilidade que as empresas adotam para gerar receita e crescer respeitando a sociedade e o meio ambiente.
A sustentabilidade traz vantagens competitivas para os negócios, pois ganha a confiança de todo ecossistema no qual atua: mercado, clientes, colaboradores, consumidores e comunidade local.
Recentemente o conceito ESG (do inglês Environmental, Social and Governance ou Governança Ambiental, Social e Corporativa) passou a ser amplamente utilizado inclusive como um critério importante para muitos investidores tomarem decisões estratégicas.
Paralelamente, o setor digital alcançou um patamar de crescimento surpreendente, sendo o Brasil uma das populações mais ativas digitalmente. A “presença digital” tornou-se praticamente uma necessidade para a sobrevivência das empresas, pois a internet é capaz de mobilizar, informar e aproximar pessoas sem limites, gerando negócios, mudando comportamentos e criando novos espaços de discussão.
Isso chamou a atenção para o processo de inclusão digital e seu impacto na vida das pessoas. Hoje cerca de 30% das casas brasileiras ainda não tem acesso à rede. É preciso democratizar o acesso à internet, inclusive nas periferias e expandir o wifi na rede pública.
Acessar significa gerar conexões, compartilhar informações, promover a inclusão social e a cidadania, conectando o cidadão com escolas, sistemas de saúde e programas sociais, entre outros. Por isso a inclusão digital é fundamental para a redução da desigualdade em nosso país.
Dessa maneira, o ambiental, o social e a governança corporativa ganham um novo pilar, uma nova letra em sua composição. O D, de Digital, que passa a integrar mostrando que o conceito de sustentabilidade digital é de fato uma realidade.
*Bernardo é Diretor de Sustentabilidade da ABRADi
