ARTIGO: A ABRADi e as concorrências públicas - Abradi

ARTIGO: A ABRADi e as concorrências públicas

8 de abril de 2013 Imagem destacada padrão para postagens ABRADi

A entidade entendeu que precisava participar desse processo de uma forma mais intensiva, melhor institucionalizada, assumindo em um nível mais amplo a responsabilidade de apoiar o governo na complexa tarefa de produzir processos de concorrência justos.

Por: Cesar Paz (*)

Algum tempo depois dos escândalos do mensalão, intervenção do Ministério Público e todo debate sobre a utilização de verbas de comunicação pelo setor publico, as empresas e orgãos de governo passaram a ter a possibilidade de contratar de forma direta serviços especializados nas áreas de comunicação.

Verbas que antes necessariamente passavam pelas agências de publicidade passaram a ser destinadas diretamente às empresas prestadoras de serviços especializados.

Aí, surgiu uma grande oportunidade para as agências digitais: a venda direta ao primeiro setor de serviços especializados em soluções de comunicação para o ambiente digital.

Não tínhamos, à época, entidades realmente representativas da comunicação digital instrumentalizadas para apoiar o governo na construção de editais tecnicamente corretos, que considerassem as particularidades do segmento da comunicação digital e tivessem ainda na isonomia seu principio fundamental.

Nesse momento, surgiu a ABRADi Nacional que, entre outras responsabilidades, assumiu, embora timidamente, o papel de sugerir melhorias nas primeiras experiências de publicações de editais por parte do Governo Federal. Esse foi o caso dos editais da Embratur, Caixa Federal, Banco do Brasil, Sebrae entre outros.

Passada essa primeira fase, onde assumiu um papel consultivo em vários processos licitatórios, a ABRADi entendeu que precisava participar desse processo de uma forma mais intensiva, melhor institucionalizada, assumindo em um nível mais amplo a responsabilidade de apoiar o governo na complexa tarefa de produzir processos de concorrência justos e que de fato garantam uma excelência nos serviços contratados pelo governo.

Com esse propósito, na sua última reunião executiva, a ABRADi organizou o seu Comitê de Concorrências Públicas que terá como objetivo principal estabelecer com o governo uma agenda positiva para apoiar a elaboração e editais do setor da comunicação digital.

O governo e especialmente a SECOM – Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República – tem reconhecido a representatividade da ABRADi no mercado da comunicação digital e mostrado um interesse em aprofundar o dialogo com a entidade e um melhor entendimento sobre os serviços digitais no Brasil.

Esse comitê é formado por alguns dos principais líderes do setor da comunicação digital no Brasil e em pouco tempo deve se provar como uma das principais conquistas da ABRADi.

Espero que em breve cada empresa e/ou orgão do governo possa se orgulhar de ter no ambiente digital o grande canal de relacionamento e prestação de serviços para toda sociedade e que, de algum modo, a ABRADi tenha ajudado nisso.

(*) Cesar Paz é CEO da AG2 Publicis Modem e foi presidente da ABRADi entre 2009 e 2011.