Após meses de incertezas e mudanças, no último dia 18, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) finalmente entrou em vigor. Apesar da expectativa de que ela só passaria a valer a partir do ano que vem, a pressão política devido às próximas eleições e a preocupação do Congresso em ter um controle mais efetivo e rígido de dados por parte das empresas privadas e órgãos públicos foram fatores determinantes para a sua validação.
Com isso, diversos negócios foram pegos de surpresa e não estão completamente preparados. Enquanto alguns ainda não têm conhecimento da atualização e só esperavam implementar novas técnicas em 2021, outros foram prejudicados pelos efeitos econômicos da pandemia e tiveram que destinar seus recursos para outras finalidades. Ou seja: o cenário atual é de apreensão quanto às multas, riscos e, principalmente, à exigência e cobrança dos clientes para que a marca esteja em conformidade com a lei.
Quais foram os primeiros impactos?
Sempre que uma regulamentação é aprovada, o mercado precisa se movimentar e, com a LGPD, não foi diferente. A palavra da vez é “adaptação” para as empresas — com ou sem recursos financeiros, tempo e equipe suficientes, é fundamental que todas estejam pelo menos no processo de compliance.
Mesmo estando em vigor há poucos dias, já existem ações judiciais promovidas pelo Ministério Público exigindo que instituições se adequem ou retirem sites do ar que estão em desconformidade com a lei. Por outro lado, consumidores estão buscando as redes sociais, plataformas de reclamações, Procons e canais de relacionamento das marcas para exigir seus direitos.
É por esse motivo que, neste momento, além de encarar a lei como uma responsabilidade, indo atrás de todas as obrigatoriedades necessárias, também é preciso enxergá-la como uma nova forma de atuação e até mesmo como oportunidade para direcionar suas ações. Conforme comentamos anteriormente no nosso primeiro webinar sobre o tema, não existe um único modelo a ser seguido para se adequar à LGPD. Cada segmento deve encontrar o melhor método que considera e unifica seus canais utilizados (softwares de CRM e de atendimento), realidade, fluxo de dados e pessoas envolvidas de forma eficiente.
O importante agora é oferecer total transparência e atenção à maneira como você atende o seu público e/ou o cliente dele. A partir do momento em que o consumidor se sentir acolhido e respeitado pela empresa, ciente de como ela utiliza seus dados, e ter suas solicitações respondidas pelos colaboradores, a empresa garante mais credibilidade e fidelidade. Outra alternativa é propor meios nos quais os usuários possam acessar os termos de uso e suas informações e autorizar que eles façam pequenas alterações quanto aos níveis de permissões.
Para entender melhor sobre como essas operações vêm funcionando na prática, realizamos mais um webinar sobre o assunto no dia 29 de setembro — o “Situação LGPD (Parte 2)”. Participaram da transmissão os profissionais Carolina Morales (Diretora Comercial da IComunicação e Vice-presidente da ABRADi), Vitor Morais de Andrade (sócio na Morais Andrade Advogados) e Marcelo Sousa (Diretor Executivo na MarketData e Presidente ABRADi Nacional). Assista através do link abaixo:
https://www.facebook.com/watch/live/?v=1320734438260831&ref=watch_permalink
Vale lembrar que a ABRADi disponibiliza uma certificação exclusiva da LGPD para os nossos associados em parceria com a Bureau Veritas. Caso você tenha interesse em ser reconhecido como uma empresa que está de acordo com as atualizações, saiba mais sobre este processo clicando aqui.