Segunda edição da “Pesquisa de Cargos e Salários” também destaca diferença salarial entre as regiões do país. Média salarial do segmento teve uma variação positiva de 35,3% em relação à 2010.
São Paulo, março de 2012 – A ABRADi (Associação Brasileira das Agências Digitais), acaba de lançar a segunda edição da sua “Pesquisa de Cargos e Salários”.
O estudo, realizado pela consultoria REMUNERAR, levantou informações sobre faixas salariais, cargos, perfil dos profissionais que atuam no segmento, bem como os tipos de benefícios oferecidos pelas agências. Esse ano, a pesquisa teve a participação de 112 empresas (associadas e não associadas à ABRADi), divididas entre as regiões Sul, Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste e Distrito Federal. O levantamento dos dados foi realizado no período de outubro de 2011 a janeiro deste ano.
Com relação à distribuição das empresas por regiões, a pesquisa aponta que: 64% estão localizadas na região Sudeste, 25% na região Sul e 11% nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e DF.
Quanto ao porte das empresas a amostra indica que 67% das agências pesquisadas são de pequeno porte (até 20 funcionários), 21% são de médio porte (até 50 funcionários), enquanto as de grande porte representam 13% (acima de 50 funcionários).
Com base nessas e em outras informações apuradas pelos estudo, um dado ganha destaque por revelar a consolidação do mercado de mídia digital não só no que diz respeito aos investimentos como também à geração de oportunidades de trabalho.
De acordo com a pesquisa, o mercado de agências digitais contratou duas vezes mais do que a média nacional do setor de serviços. No período de julho a setembro de 2011, as empresas contrataram mais do que demitiram, gerando um diferencial positivo acumulado de +3% de vagas efetivas, versus um crescimento de 1,43% das contratações no setor de serviços em nove capitais.
Já com relação à remuneração, a pesquisa mostra que a média salarial do segmento teve uma variação positiva de 35,3% em relação ao ano de 2010, descontando-se a inflação do mesmo período.
Ainda sobre as remunerações, a pesquisa apontou diferenças salariais entre as regiões: na categoria “programadores”, por exemplo, os valores pagos na região Sul são, em média, 30% menores do que os praticados na região Sudeste. Na comparação entre o Sudeste e a região Nordeste, a remuneração média é 50% menor.
A pesquisa mostra ainda a relação entre o “nível de senioridade” e a remuneração. De acordo com a ABRADi, na média nacional, os profissionais “plenos” (entre 2 e 5 anos de experiência) recebem 30% menos do que profissionais “seniores” (+ de 5 anos de experiência). Já os profissionais com nível “junior” (até 2 anos de experiência) recebem até 60% menos do que os profissionais seniores.
Para Cesar Paz, presidente da ABRADi e CEO da AG2 Publicis Modem, a democratização do ambiente de informação criou, em poucos anos, um cenário de oportunidades e desafios para profissionais de diversas áreas, principalmente para a comunicação digital, onde as mudanças acontecem numa velocidade assustadora. “Como entidade representativa do setor, a ABRADi tem a responsabilidade de criar indicadores que auxiliem o mercado a entendem um pouco melhor essa evolução”, completa.
Outros dados relevados pela pesquisa mostram que, do total de 2.100 funcionários que integram os quadros das empresas respondentes, 66% são homens e 34% são mulheres e 87% estão na faixa etária de até 28 anos. Apenas 1% do total tem idade acima de 36 anos.
Sobre a REMUNERAR
A REMUNERAR tem como missão desenvolver soluções inteligentes de remuneração e recompensa que transformem os desafios de crescimento do negócio de seus clientes em oportunidades reais de ganhos de produtividade e resultados diferenciados através das pessoas.
“Pesquisas setoriais como esta, normalmente retratam de forma abrangente o perfil de mão de obra do segmento, contribuindo notadamente para que as empresas possam avaliar e aprimorar suas atuais práticas de gestão de pessoas a fim de torná-las mais eficientes e produtivas”, explica Marcelo Samogin, consultor e diretor da REMUNERAR.
As tabelas com os valores referenciais podem ser vistas na seção INDICADORES DE MERCADO.