No ano passado, o segmento de apostas esportivas cresceu muito no Brasil. Para esse ano, as perspectivas são ainda melhores. De acordo com o BNL Data, o setor projeta um faturamento de R$ 12 bilhões no Brasil em 2023. Isso significa um aumento de 71% em relação aos R$ 7 bilhões faturados em 2020, ano que tivemos uma crise geral ocasionada pela pandemia, mas que impulsionou as apostas online.
De acordo com um outro levantamento da Zion Market Research foi desenvolvida uma projeção de crescimento de 10% do mercado de apostas em escala global ao ano, atingindo cerca de US$ 155,5 bilhões em 2024.
Em 2022, a Copa do Mundo trouxe ainda mais projeção para as apostas esportivas. A Copa é um evento único no futebol, pois agrega um público estrondoso, inclusive uma grande fatia que não costuma acompanhar outros campeonatos do esporte.
Fazer os famosos bolões é algo que sempre esteve na cultura brasileira em época de Copa, seja entre os grupos da família, amigos, trabalho e outros. No torneio realizado no Catar, grande parte da tal “fezinha” nos resultados do maior espetáculo do futebol, migrou para os sites de apostas.
Com este movimento, muita gente descobriu que é possível apostar não somente no placar ou no vencedor do jogo. Número de escanteios, quem faz o primeiro gol, quantos gols o jogador vai fazer. São inúmeras as possibilidades de que o palpite seja vencedor.
Com tudo isso, o marketing só ganhou. Visando aumentar o reconhecimento de marcas e angariar cada vez mais clientes, os sites de apostas investem cada vez mais em patrocínio esportivo, apoiando clubes, campeonatos e jogadores.
Hoje, é praticamente impossível assistir a um jogo de futebol sem que as marcas relacionadas ao nicho de apostas estejam presentes, seja na camisa dos jogadores, nas placas do estádio, e cada vez mais nos horários comerciais. Apostar, hoje em dia, faz parte das opções de entretenimento do brasileiro, sendo uma diversão como qualquer outra.
Porém, uma pergunta surge naturalmente: seriam os patrocínios as únicas e principais formas onde o marketing pode atuar no setor de apostas?
Acredito que muitos caminhos além de patrocínios e publicidade devam ser trilhados na estrada do desenvolvimento do mercado de apostas brasileiros.
Os chamados influenciadores digitais estão cada vez mais em evidência na tarefa de promover os sites do setor. A variedade de personalidades buscadas pelas casas de apostas para essa função impressiona.
Desde jogadores e ex-jogadores, passando por humoristas, comunicadores, e muitas outras figuras, hoje são importantes peças no tabuleiro do marketing do setor de apostas. O interessante é que sempre há um influenciador que caiba no budget de um site de apostas, desde os mais caros, até os mais modestos. Ambos podem trazer excelentes resultados.
Entretanto, há uma última barreira a ser vencida: a tão esperada regulamentação total do mercado. A falta deste importante passo, faz com que muitas alternativas de marketing fiquem dificultadas no mercado, prejudicando o entendimento das big techs, gigantes das mídias sociais ,a respeito do que é ou não permitido. Isso porque, as apostas de quota fixa são legais no Brasil desde 2018, mas a regulamentação ainda não foi efetivada.
Porém as perspectivas são positivas. De acordo com reportagem publicada no UOL, espera-se a regulamentação das apostas esportivas para 2023, uma vez que há a sua permissão, mas não existe, ainda, o formato exato em que esta pode operar.
Embora a atividade ainda viva em meio a uma certa insegurança jurídica, o mercado não para de crescer.
Diante da necessidade cada vez mais urgente de arrecadar recursos para a União, diversos parlamentares acreditam que este é o melhor momento para sacramentar de vez a regulação.
Enquanto isso, vamos trabalhando para o crescimento do das empresas de apostas e na criação de estratégias de marketing cada vez mais eficientes em cativar o público para a diversão que a atividade proporciona.
Sobre o autor:
André Alves
Diretor comercial da Control+F5
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