Entrevista Especial: Jonatas Abbott, presidente da ABRADi - Abradi

Entrevista Especial: Jonatas Abbott, presidente da ABRADi

24 de outubro de 2012 Imagem destacada padrão para postagens ABRADi

Abbott fala sobre o sucesso dos primeiros seis meses de gestão da atual diretoria e os projetos em andamento.

Nessa entrevista especial para o site, Jonatas Abbott, presidente da ABRADi Nacional faz um balanço dos primeiros seis meses da atual gestão da entidade, destacando projetos importantes como Digital Speed Dating e o Censo Digital. Abbott também comenta sobre o crescimento da entidade no período que, com a ampliação do trabalho no sentido de dar espaço a outras empresas que não só agências, conseguiu atrair mais de 30 novos associados.

1) Qual é o balanço que você faz dos primeiros seis meses dessa gestão da ABRADi?

Foram 6 meses intensos. Recebi do Cesar Paz e de sua diretoria uma entidade pronta para crescer e amadurecer. Para acompanhar a incrível demanda e crescimento do setor digital brasileiro. A ABRADi em seus poucos anos de vida já havia conseguido ocupar seu espaço e se tornar referência. Começamos o trabalho pela comunicação como forma de dar sequência a abertura do foco da ABRADi definido em seu planejamento estratégico. Graças a uma comunicação bastante frequente, especialmente por email e redes sociais conseguimos gerar 120 pedidos de associação em apenas 30 dias. Esses pedidos vieram de todos os estados do Brasil, gerando também dezenas de novos associados para várias regionais do país. Seguimos um projeto que baseei em 4 pilares, Integração Nacional, Conteúdo, Comercial e Relações com o Mercado. Com uma diretoria forte e atuante que tem o Vice-presidente Anderson de Andrade da A2C, o VP Financeiro Paulo Henrique da AVADORA e o Diretor Executivo  Alexandre Gibotti como “gateway’s ” comemoramos várias conquistas neste pequeno espaço de tempo.

2) Quais foram elas?

Atração de novos segmentos do digital para a base de associados, criação de comitês, acordos de conteúdo e vantagens com IVC e IBOPE, mais do que dobramos o número de empresas patrocinadoras da entidade (são 5 agora) e fechamos um grande e inédito acordo com a Oracle. Mais do que isso conseguimos montar um evento recorrente de networking e geração de negócios, o Digital Speed Dating, uma necessidade latente do mercado há muito tempo. Abrimos ainda 2 novas ABRADi’s regionais e estamos por abrir mais uma.

3) Quais são os projetos que estão sendo desenvolvidos pela entidade que podem ser destacados?

Dois novos projetos chamam a atenção nestes primeiros 6 meses. O Comitê de Social Media da ABRADi, cujo presidente é o Edney Souza, da boo-box, e que tem em seus quadros as maiores empresas de Social Media Marketing do Brasil. Recém associadas e já com a mão na massa. O comitê está em fase avançada para lançar um guia de boas práticas em redes sociais e uma pesquisa inédita no Brasil. O outro projeto que chamou muito a atenção do mercado foi justamente o Digital Speed Dating, que além do ambiente de Networking colocou as 10 maiores agências da ABRADi em mesas de compras para associados previamente inscritos venderem por 3 minutos cada. A próxima edição contará com 10 grandes agências de publicidade, numa forma de gerar negócios e atrair este setor da comunicação para dentro da entidade. Temos ainda saindo do forno o que é talvez o principal produto da ABRADi, o Censo Digital Brasileiro, já em sua quarta edição. O lançamento será em início de novembro e traz números surpreendentes sobre o tamanho e o crescimento do mercado digital do Brasil.

4) Como está sendo a relação da ABRADi Nacional com as regionais? De que forma a Nacional está colaborando no sentido de ajudar o desenvolvimento dessas entidades?

Já somos 13 regionais. É muito bacana ver como o crescimento e aumento da dinâmica na ABRADi Nacional contagiou as regionais. E tenho convicção de que este é o nosso papel, educar e orientar pelo exemplo e não com hierarquia. Até para respeitar sempre as características que cada região do Brasil tem e que acabam influenciando a entidade regional. Assim, temos regionais que cresceram rapidamente nestes 6 meses, temos regionais que se tornaram mais inclusivas e cujas reuniões ganharam corpo e relevância. Em todas as nossas reuniões temos tido uma constante e significativa presença das regionais. Pelo menos 6 delas presentes em cada reunião. Para mim, que participei da fundação de mais de 6 regionais desde 2004 é muito bacana ver uma das mais novas em Goiás iniciar a primeira reunião com mais de 30 empresas presentes. É o espelho do momento do mercado.

5) Qual a orientação que você como presidente gostaria de passar para as atuais e as novas regionais que estão por vir ?

A ABRADi tem como objetivo representar o mercado digital brasileiro. Para cumprí-lo é simples e fácil, basta seguir 3 condições básicas que recomendo fortemente hoje a todas as ABRADis. Primeiro ser INCLUSIVA. Entrar na entidade deve ser fácil, rápido e desburocratizado. A regional não deve ter “medo” de associar empresas e muito menos criar regras que segreguem ou discriminem empresas. Segundo, a entidade tem que ser DEMOCRÁTICA. Não basta ser inclusiva, ela tem que dar espaço para participação do associado. Facilitar através de seus diversos canais de comunicação que o associado se expresse, que tenha liberdade para críticas e sugestões. Isso é fundamental. Ele deve se sentir a vontade na entidade. E terceiro uma condição básica a qualquer entidade de mercado e que para a ABRADi é ainda mais relevante. COMUNCATIVA. A ABRADi tem que se comunicar em abundância. Tanto interna quanto externamente. A comunicação é o elo que liga a Inclusão e a Democracia. Listas de emails internas devem fomentar o debate e ser um canal de idéias e críticas. Eventos, imprensa, redes sociais, a entidade tem que usar tudo que estiver a seu dispor para fomentar a comunicação. Os líderes de cada ABRADi regional tem a obrigação de serem referência na comunicação da entidade, respondendo de forma ágil e, acima de tudo, estimulando a descentralização do poder e a comunicação entre seus diretores e entre associados.

6) Desde o início dessa gestão, existe um movimento para ampliar o trabalho da associação no sentido de ser um espaço de desenvolvimento e atenção aos interesses dos chamados “agentes digitais”. Que tipo de empresa se encaixa nesse perfil e quais são os benefícios de ser um associado da ABRADi?

A abertura do foco da ABRADi para toda e qualquer empresa que entrega digital no Brasil deu origem ao termo Agentes Digitais. E esta definição de foco foi dada ainda na gestão passada. Na verdade ela ajusta de direito o que de fato já ocorria desde a sua fundação. Já era muito difícil definir o que era uma agência digital num mercado de internet cada vez mais especialista e com demanda crescente gerada por novos meios (mídias). Temos agências que ao longo de sua evolução se especializaram em SEO, Redes Sociais, e-mail marketing, e-commerce e etc. Temos agências especialistas que viraram full service, agências de propaganda que, ou viraram digitais, ou entregam digital em grande volume. Não havia como a a ABRADi seguir representativa do mercado digital brasileiro sem abrir o leque de perfil de empresas deste segmento. É um desafio. Mas é incrível como ao começar a comunicar isso tivemos uma grande inclusão de empresas de Mobile, SMS, Social Media e etc. O Censo passa a mostrar isso de forma muito evidente. Mas esta mudança que afetará o nome da entidade está sendo estudada e conduzida com muita cautela. A ABRADi tem no seu DNA o nome Agência Digital. Não queremos perder isso. Queremos uma verdadeira EVOLUÇÃO no conceito e no resultado do trabalho da entidade.

7) E que benefícios a entidade oferece ao associado?

Os benefícios da ABRADi são diversos. O primeiro é compartilhar com pares e concorrentes o dia a dia do mercado. Isso se traduz nos acordos de conteúdo, eventos, pesquisas como a de Cargos e Salários e o Censo Digital, convênios e a grande aproximação com o meio acadêmico, uma necessidade mais do que latente e urgente, haja vista a escassez de mão de obra e a ampliação do mercado contratante representado agora também pelo CLIENTE da agência.

8 ) Quais são as perspectivas da ABRADi em relação ao crescimento do mercado em 2012?

O Censo apontou um crescimento superior a 40% no faturamento do mercado digital brasileiro e um salto no número de agências digitais no Brasil. Mostra uma grande evolução deste mercado no nordeste e no centro oeste brasileiro apesar de o sul e do sudeste seguirem com forte representatividade. O que é excelente para um país continental como o nosso. Vamos abordar em breve com mais profundidade esta evolução por ocasião da divulgação oficial do Censo 2012.