* Por Valdiney Victor Viçossi
Em apenas uma década, a internet gerou um movimento superior a centenas de anos da história recente da Humanidade. Através dela a informação transita, influencia e, sobretudo, deixa mais transparente as relações escolares, familiares, profissionais, alterando hábitos e acelerando os ritmos anteriores.
Um estudo da Bain & Company afirma que “mais rápido do que se imagina, o crescimento do varejo on-line vai exigir mudanças drásticas de comportamento das tradicionais redes que operam só com lojas físicas”. Segundo o estudo, há um ponto de inflexão econômico quando as vendas na internet alcançam 15% das vendas totais de uma determinada categoria. A partir disso, o que se vê, na prática, é o fechamento de lojas e falência de marcas.
Foi o que aconteceu com a Blockbuster, que quebrou quando as vendas de vídeos on-line alcançaram 17% do mercado; e com a rede de livrarias Borders, que fechou as portas antes que o mercado de livros on-line atingisse 24% do total, e em setembro, vendeu sua propriedade intelectual e base de clientes à concorrente Barnes & Noble.
De maneira geral, as vendas no comércio virtual estão canibalizando as vendas físicas no Brasil, uma vez que crescem a um ritmo de 24,4% ao ano desde 2005, enquanto o varejo como um todo avança 11,8%, aponta levantamento da Bain & Company.
Para as empresas que estão atentas a esta movimentação e têm condições de se adaptar à ela, a entrada no comércio eletrônico tanto no varejo quanto em outras frentes da economia é uma decisão de quando e como.
Paralelamente, testemunhamos o crescimento de forma ainda mais acelerada das Redes Sociais. De acordo com o eMarketer, até o final de 2012, 1,5 bilhão de pessoas estarão nas Redes Sociais, cerca de 21% da população mundial. E, um dado surpreendente, se usado o critério de internautas que estão nas redes sociais, o Brasil é o primeiro da lista, pois 87,6% dos internautas estão nas redes sociais.
Um aspecto a ser considerado é que, no Brasil, os índices de utilização das Redes Sociais para fins comerciais tem aumentado substancialmente e faz parte da divulgação de boa parte das empresas nos diversos canais de comunicação.
Considerando os dois movimentos, de vendas online e das redes sociais, podemos tirar como conclusão que será preciso ter uma boa solução tecnológica de e-commerce, com as ferramentas periféricas necessárias para garantir a operação completa , sempre contemplando uma boa logística, aliadas às tradicionais formas de divulgação e incrementadas com boas estratégias nas Redes Sociais. Se os varejistas do comércio eletrônico seguirem por este caminho devem ganhar cada vez mais espaço no mercado.