A Inteligência Artificial (IA) está impactando profundamente o mercado digital, reorganizando processos, aprimorando resultados e exigindo que agências digitais se adaptem rapidamente ao futuro da tecnologia. Pensando nisso, a Abradi, em parceria com a executiva Luciana Frazão, pesquisadora no Vale do Silício e fundadora da Fluence, empresa de IA focada em hiperpersonalização para o usuário, está desenvolvendo um curso exclusivo para capacitar agências a implementarem a IA de forma estratégica e eficaz.
Luciana Frazão será responsável por conduzir e ministrar o curso, compartilhando sua profunda expertise em inovação e transformação digital para construir modelos de negócios mais lucrativos, éticos e humanizados.
Curso de IA – Transforme sua agência com estratégia e resultados
O curso abordará:
- Escolha estratégica de ferramentas de IA
- Otimização de modelos de negócios
- Uso ético e humanizado da IA.
Sobre o curso, Luciana ressalta: “Não vamos ficar na teoria. Será um treinamento prático, pensado para resolver as maiores dores do mercado. Queremos capacitar os participantes a aplicar IA de forma consciente e, acima de tudo, gerar resultados concretos.”
Confira, abaixo, um papo exclusivo com Luciana, abordando os desafios, oportunidades e cuidados essenciais para o uso da Inteligência Artificial no mercado digital.
Abradi: Luciana, o cenário atual da IA está em constante transformação. Qual você considera o maior desafio para as agências digitais na hora de implementar a Inteligência Artificial de forma eficiente?
Luciana Frazão: O maior desafio, sem dúvida, é entender a dor do negócio antes de escolher uma solução. Muitas agências ficam fascinadas com determinadas ferramentas, sem compreender realmente qual problema elas querem resolver. A IA é baseada em dados. Então, se você alimenta a ferramenta com dados irrelevantes ou falhos, ela não entrega valor. Um ponto essencial para a implementação eficaz é parar, analisar o que precisa ser resolvido e garantir que sua base de dados reflita isso. Sem dados bem estruturados, é impossível usar a IA de forma eficiente.
Abradi: Além de identificar a dor e os dados corretos, quais são os erros mais comuns que você vê as agências cometendo na hora de integrar IA às operações?
Luciana Frazão: Um erro muito comum é tentar utilizar a ferramenta errada para resolver diferentes problemas. É como usar um martelo para pregar um parafuso. Cada ferramenta de IA foi criada para um propósito específico. Por exemplo, ferramentas como o ChatGPT ou Gemini são maravilhosas, mas cada uma delas tem limitações. Já o Claude da Anthropic é excelente para produção de textos mais profundos e reflexivos, enquanto para marketing digital e campanhas de copywriting, o Jasper funciona melhor.
Outro grande problema é querer resolver vários desafios ao mesmo tempo. As empresas precisam começar pequeno – resolvendo um problema específico –, para depois expandir o uso da IA. No Vale do Silício, seguimos muito a regra do 80-20: concentre-se nos 20% de esforços que geram 80% dos resultados. Simplificar, focar e escalar posteriormente é a melhor estratégia.
Abradi: Você mencionou diferentes ferramentas de IA. Como as agências podem fazer essa escolha estratégica?
Luciana Frazão: A escolha estratégica começa entendendo que cada ferramenta tem seu próprio viés. E isso acontece porque cada modelo de IA foi alimentado com dados e desenvolvido por equipes que tinham visões e propósitos específicos. Tome, por exemplo, o Claude da Anthropic. Ele se destaca por ser a única ferramenta que coloca o humano no centro do uso da inteligência artificial, pensando em ética e impacto social.
Então, para produção de textos reflexivos, o Claude da Anthropic é uma escolha superior. Para campanhas de marketing, compartilhar insights ou fazer campanhas estratégicas, é melhor investir no Jasper. A dica para as agências é: não force uma ferramenta a fazer algo para o qual ela não foi projetada. A pesquisa prévia para alinhar a tecnologia à necessidade do seu negócio é imprescindível.
Abradi: Falando de ética, estamos vendo mais debates sobre o impacto social da IA. Qual é o papel das empresas nesse contexto?
Luciana Frazão: O impacto social da IA é um dos temas mais importantes para o futuro, e vejo a ética como um ponto fundamental no desenvolvimento dessas tecnologias. Isso diferencia empresas como a Anthropic, que dedicam equipes inteiras – compostas por filósofos, cientistas sociais e outros especialistas – para pensar nas possíveis repercussões adversas que a IA pode causar.
Eu sempre digo: a moralidade da IA começa nos dados e nas diretrizes que implementamos nos produtos. Por exemplo, o ChatGPT tem regras para prevenir uso malicioso, mas o sistema ainda pode ser contornado por reformulações de perguntas ao modelo. Isso mostra a importância de criar sistemas éticos que minimizem riscos para a sociedade. No final, as empresas precisam ir além do lucro e se preocupar com o impacto real das tecnologias no mundo.
Abradi: Você lidera a Fluency, que opera em um segmento semelhante. Qual o seu maior diferencial no mercado?
Luciana Frazão: Nosso maior diferencial é que a Fluence não é só mais uma ferramenta de IA, mas uma infraestrutura que humaniza os dados do usuário. Conseguimos criar perfis personalizados usando IA, que são integrados diretamente ao fluxo de trabalho das empresas, como CRMs e ferramentas existentes, oferecendo hiperpersonalização sem fricção.
Para mim, em vez de criar mais uma aba ou ferramenta para o profissional usar, queremos que ele consiga aplicar a inteligência diretamente no software que já domina. Essa abordagem automatizada e simplificada libera os profissionais para focarem no que fazem de melhor: estratégia e criatividade.
Abradi: Muitas agências ainda se perguntam: vale a pena investir em IA paga ou os recursos gratuitos são suficientes?
Luciana Frazão: Sempre sugiro começar com os recursos gratuitos para entender onde a ferramenta te ajuda. Mas, quase sempre, o investimento vale a pena, especialmente quando falamos do ROI. Uma ferramenta de IA paga não economiza apenas dinheiro, mas tempo, que é um recurso valiosíssimo para as agências.
Imagine reduzir atividades que levavam duas horas para serem feitas em apenas 10 minutos com a IA; quanto vale o tempo da sua equipe? Além disso, a IA permite escalar sua operação sem necessariamente aumentar o time. É um investimento estratégico, especialmente para agências que desejam crescer rapidamente e entregar mais valor aos seus clientes.
Se você deseja liderar a transformação digital e levar sua agência a outro patamar, não perca essa oportunidade!